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Segundo ele, Pablo foi o nome que sua mãe lhe deu em homenagem a um cigano espanhol que ajudou o grupo húngaro. Tempos difíceis quando estiveram em busca de um bom clima em terras ao sul da Espanha.
Pablo nasceu na temporada em que estiveram em terras mais quentes, porém antes mesmo de completar um ano de vida o grupo foi expulso. Na migração de volta para a Hungria, seu pai embriagado numa crise de ciúmes, matou a esposa. Em seguida foi morto pelos cunhados e sogro. Assim Pablo cresceu sendo criado pela avó materna, tios e aprendendo o gerenciamento da vida cigana com o avô materno.

Pablo sempre explica que a “vida cigana” nunca foi fácil por causa dos preconceitos. A causa principal foi a formação das identidades nacionalistas europeias, dificuldades financeiras, restrições territoriais e de deslocamentos. Os roubos praticados pelas autoridades locais e, brigas entre clãs ciganos destruíam o progresso.
Os relatos de vida de Pablo nos chega pelo trabalho dele na Umbanda, que no início causou muita estranheza. Evita cigarros com piteiras, charutos ou cigarros com filtros ou enrolados em papel. É visto como um cigano muito velho, obeso, com barba grande e desgrenhada, roupas amarradas, surradas a ponto de se ver rasgos de tanto uso. Fuma cachimbo, com fumos aromáticos, tem semblante muito sério, duro nas afirmações, tem um andar de um velho e, atende sentado.
Mas por que o nome Pablo na Umbanda?
Aproveitou a existência de uma egrégora dos Pablos dentro da própria egrégora espiritual dos ciganos para manter viva a história dele. Isso com a identidade e, semelhança energética do tipo de trabalho.

Personalidade de Pablo
Se precisar Pablo até joga umas cartas, mas não tem paciência para “adivinhações”. Seus atendimentos seguem os conselhos de um “Barô” para o comportamento e atitudes do consulente para com o problema. Ótimo estrategista, negociante e, comandante, não demonstra preferências por atendimentos em casos amorosos. Prefere os negócios!
“Optchá! Hoje eu atendo na Umbanda com a honra de acompanhar um descendente meu, um sangue cigano desgarrado, a convite de Esmeralda, que é uma velha cigana que chefia a egrégora cigana espiritual dele. Não trabalho sozinho. Nesta tribo tem também Ibraim (um cigano tuareg de cura e só fala árabe), Carmencita (trabalho de amor), duas ciganinhas (trabalham a esperança), dois ciganos batedores (trabalham com buscas futuras). Faço somente o que Esmeralda permite e que, a Umbanda autoriza dentro dos limites éticos. Com todos estes limites, sinto-me honrado em auxiliar espiritualmente as pessoas através de um sangue meu, por que sem essa bênção da Umbanda, eu nunca conheceria.”
PABLO