ferradura da sorte
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Sendo a Umbanda a “união de várias bandas”, a inclusão da egrégora ciga abriu espaço para a magia européia dentro da religião genuinamente brasileira.

Elementos da magia européia

Os ciganos são os responsáveis pela introdução de oráculos, elementos magísticos, frutas e ervas até então desconhecidas dos umbandistas antes da chegada deles.

Podemos começar pelo Manjericão, conhecido com o nome europeu de Basílico, era uma erva comum na África e Ásia e, disseminada pelos países do Mediterrâneo.

Oráculos pelo “baralho cigano”, que de cigano não tem nada, pois o Petit LeNormand foi adotado pelos ciganos como um instrumento de trabalho de previsão do futuro.

As Runas utilizadas pelos ciganos, os Dados, Leitura das mãos e, Cafeomancia são exemplos de objetos que eram utilizados somente como jogos e, com o crescimento das artes mágicas na Europa, passaram a ser utilizados como oráculos. Os ciganos os adotaram como forma de ganho fácil e auxílio espiritual em alguns casos.

Vegetais e alimentos

Alho, cebola, certos tipos de frutas, grãos, sumos diversos, bebidas mágicas, bolos e pães também vieram com esta egrégora. A maçã ou o alho não eram utilizados na Umbanda mais antiga, onde os elementos eram mais de origem africanas ou indígenas. O pouco de Europa que havia tinha forte conexão com os santos, doutrina e, mitos.

Ferramentas, lua, Sol e estradas

Apesar das estradas serem parte dos Exus, Ogum e outras entidades, a relação européia com raízes na Idade Média e imobilidade dentro dos feudos, nos quais os ciganos tinha uma mobilidade muito superior aos moradores desses feudos.

A Lua chegou com os ciganos com uma relação bem diferente, seguindo os padrões europeus das fases da Lua num certo sicronismo com as crenças do hemisféro norte do que com o popular daqui do Brasil. As vezes há conflitos entre alguma recomendação cigana com alguns dirigentes por desconhecerem essas diferenças entre posiões geográficas e visão da lua.

Como as estações são muito bem definidas na Europa, a relação do Sol com a magia tem tons de alegria, de geração de vida e abundância que deve ser aproveitada ao máximo antes que acaba. Como a Umbanda está num país de alta insolação ao longo do ano todo, a alegria pelo sol não é tão exacerbada assim.

Foices, tachos, pregos, incensos, baralhos, pedras, cristais, barracas, instrumentos musicais, seivas e elementos associados aos meios de transportes ciganos.

Se observar bem, uma gira cigana se aprece muito mais a uma feira da Idade Média, com coisas que lembram os bruxos com galhinhos amarrados, pregos fincados em frutas, ervas e temperos, velas e, tapetes ao chão.

Era muito comum encontrar uma cigana ou cigano entre barracas, sentado sobre um tapete, queimando ervas de cheiro para atração e, lendo a sorte, receitando magias aos seus consulentes.